Retomada da cerâmica Pataxó na cerimônia do Kãdhawê tawá
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Palavras-chave

tecnologia social
educação
saberes

Como Citar

Souza, P. (2022). Retomada da cerâmica Pataxó na cerimônia do Kãdhawê tawá. Revista nuestrAmérica, (20), e7425999. https://doi.org/10.5281/zenodo.7425999

Resumo

Este é o relato da experiência de retomada Pataxó, cujo projeto esteve focado nos ensinamentos de Paulo Freire, principalmente a Pedagogia do Oprimido, o que nos levou aos conhecimentos tradicionais da cerâmica como alternativa de educação e geração de renda, na perspectiva de uma Tecnologia Social, criada a partir dos conhecimentos tradicionais ancestrais envolvidos. É uma intervenção, apoiada numa pesquisa-ação, que partiu dos modos dos saberes e fazeres tradicionais e chegou a um currículo decolonial, onde os atores são também autores, no curso técnico de Artesã em cerâmica. Está relacionado aos saberes tradicionais do barro, perpassa o mito fundador Pataxó e seus conhecimentos ancestrais. Nosso trabalho. parte da compreensão de que saberes desencadeiam processos e práticas sociais, e suas ações, podem ser consideradas potencialmente formadoras e educadoras, pois dialogam na perspectiva de que quem aprende, ensina ao aprender. Tivemos por objetivo observar, registrar, implantar, e avaliar o potencial da cerâmica, como ocupação arte-educativa, geradora de renda e principalmente, como retomada cultural, com forte apelo sócio ambiental, uma vez que a matriz artesanal Pataxó está baseada na madeira. Estivemos observando as relações e contradições no contexto sociocultural e as implicações dessa retomada cultural no quotidiano da comunidade da Aldeia Pataxó da Jaqueira em Porto Seguro, Bahia. Lançamos mão de metodologias dialógicas para isso, já que o projeto também apoiou-se em aportes teóricos da Antropologia Social, da Pós-colonialidade, dos Fundamentos das Relações Étnico-raciais, da Economia Criativa e Solidária, da Economia da Cultura e de uma Educação Libertadora e Transformadora, como já dito, baseada nas teorias e nas práticas de Paulo Freire.

https://doi.org/10.5281/zenodo.7425999
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