Cotidiano e imaginário de vida boa em comunidades camponesas

Resumo

O objetivo deste ensaio é expor como o imaginário da vida camponesa é rompido pela ideia de modernidade, o que gera um ponto de tensão que abre possibilidades de subversão da realidade de forma organizada. É um exercício de reflexão teórica, na perspectiva da escola de Frankfurt e da teoria crítica através dos estudos de Holloway, J. (2006; 2011). Com a técnica de grupo focal e observação participante, trabalhamos com os sujeitos e entrevistamos atores sociais de comunidades camponesas e indígenas da região de Totonacapan e do altiplano norte do estado de Puebla, informações que foram analisadas à luz da pesquisa bibliográfica. Os resultados mostram a tensão que as famílias vivenciam por serem prisioneiras de seus próprios desejos de possuir a mercadoria e alcançar modos de vida modernos. O ato de consumir significados da modernidade tem que ser considerado, leva a menosprezar a cultura camponesa, porém, continuam sendo referência de modos de vida para além de suas contradições, que lutam pela vida diante da irrupção do capitalismo para expropriar seus recursos natural. Este trabalho é baseado na pesquisa realizada por Lefebvre (1972), Heller (1994), Lindón (2000) sobre a vida cotidiana.