Resumo
Para a realização deste trabalho, utilizamos o manifesto como fonte historiográfica lida em termos de gênero discursivo, como parte de um processo histórico mais amplo. É uma fonte originalmente escrita com propósitos propedêuticos. No entanto, acabou se tornando o Manifesto base de um movimento artístico tão heterogêneo quanto os trovadores da Patagônia. A partir da sua análise, dimensionamo-lo como um manifesto artístico que inclui a dimensão duplamente polémica: a artística e a política. Isso inclui a autoatribuição de um coletivo de identificação a partir da construção discursiva de um adversário com quem discutem. Desse modo, é possível dar conta de algumas discussões cuja validade se atualiza constantemente e que se insere em um debate mais amplo que é o da autonomia e da neutralidade ou não da arte. Mas de forma alguma o Manifesto deve ser interpretado como uma prescrição programaticamente aderida. Pelo contrário, trata-se do cruzamento de debates, que se originaram do final da Ditadura e foram reativados a partir do discurso do "fim das ideologias", durante os anos noventa.
Referências
González, Juan Pablo. 2015. Pensar la música desde América Latina. Problemas e interrogantes. Santiago de Chile: Ediciones Universidad Alberto Hurtado.
Hernández, José. 2009 [1872]. El gaucho Martín Fierro. Catamarca: Gador.
Mangone, Carlos y Jorge Warley. 1994. El Manifiesto. Un género entre el arte y la política. Buenos Aires: Biblos.
Verón, Eliseo. 1987. “La palabra adversativa. Observaciones sobre la enunciación política”. En Discurso Político. Lenguajes y acontecimientos, escrito por Eliseo Verón et al., 10-26. Buenos Aires: Hachette.
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Copyright (c) 2020 Lorena Vargas Ampuero