É fundamental reconhecer todas as pessoas que contribuem para a realização de uma pesquisa, mas esse reconhecimento nem sempre equivale à autoria do artigo. Quando há mais de uma pessoa autora, é essencial que todas atendam efetivamente aos critérios que definem essa função.
Seguindo o consenso mais consolidado do COPE (Committee on Publication Ethics), amplamente adotado por periódicos científicos, uma pessoa só pode ser reconhecida como autor(a) se cumprir quatro condições simultaneamente. As duas primeiras condições oferecem alternativas: basta atender a uma das opções indicadas para considerar a condição cumprida.
Critérios para ser reconhecido(a) como autor(a) de um artigo científico:
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Ter feito contribuições substanciais à concepção ou ao delineamento do estudo, ou à obtenção, análise ou interpretação dos dados; e
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Ter participado da redação do manuscrito ou da revisão crítica de seu conteúdo intelectual mais relevante; e
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Ter aprovado de forma definitiva a versão que será submetida à publicação; e
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Não ser uma inteligência artificial.
Cumprir todos esses critérios é essencial para evitar práticas antiéticas, como o chamado plágio por autoria presenteada (inclusão de nomes que não contribuíram conforme os critérios) ou apropriação de autoria (exclusão indevida de quem deveria ser reconhecido/a).
Reconhecimentos que NÃO DEVEM ser considerados como autoria:
Pessoas que contribuíram com a pesquisa de outras formas, mas não atendem às quatro condições acima, podem ser mencionadas na seção de “Agradecimentos”, mas nunca como autores/as.
Para identificar claramente o tipo de contribuição de cada pessoa, consulte a Taxonomia CRediT no seguinte LINK.
