Discursos coloniais e identidade nacional no centenário da independência do Brasil
HTML
PDF
XML

Palavras-chave

discurso
identidade nacional
independência do Brasil
Portugal

Como Citar

Angelucci, T. . (2023). Discursos coloniais e identidade nacional no centenário da independência do Brasil . Revista nuestrAmérica, (21), e8066175. https://doi.org/10.5281/zenodo.8066175

Resumo

Frente à recente comemoração do bicentenário da independência do Brasil (2022), objetivou-se analisar o discurso da imprensa carioca sobre as festividades do centenário da independência (1922) para identificar marcas coloniais relacionadas à construção da identidade nacional daquele país. Teve-se como foco a relação entre Brasil e Portugal e o evento central das comemorações: a visita do presidente português ao Rio de Janeiro, então capital federal. Metodologicamente, trabalhou-se com a análise documental de jornais da época. Os textos que constituíram o corpus da pesquisa foram interpretados à luz da análise de discurso franco-brasileira. Pese às críticas históricas em relação à colônia portuguesa, este trabalho evidencia a existência de discursos que bajulavam a antiga colônia e vice-versa, o que explicita uma relação edípica entre ambos os países que deixa rastros na história recente.

https://doi.org/10.5281/zenodo.8066175
HTML
PDF
XML

Referências

Aguerre, Lucía. 2022. «Aportes conceptuales al estudio sobre asimetrías, esencialismo cultural y diferenciación racial en América Latina». Revista nuestramérica 10, n.º 19: 1-18. doi: 10.5281/zenodo.5997866

Aires da Costa, Bruno Balbino. 2022. «Comemorar a nação: o centenário da Independência do Brasil e a construção do lugar do Rio Grande do Norte na memória nacional». História Unisinos 26, n.º 3: 516-29. doi: 10.4013/hist.2022.263.10

Authier-Revuz, Jacqueline. 1998. Palavras incertas. As não-coincidências do dizer. Campinas: Unicamp.

Benveniste, Émile. 1983. Vocabulario de las instituciones indoeuropeas. Madrid: Taurus Ediciones.

Chagalj, Xiomara. 2020. «Festa da Penha: entre o antilusitanismo e o lusotropicalismo». Trabalho Integrador realizado para a Matéria Cultura Lusófona Comparada II. Rosário: Escola de Línguas, UNR.

Costa, Patrícia Coelho e Jefferson da Costa Soares. 2020. «O centenário da independência brasileira em nossas escolas primárias: narrativas históricas escolares em disputa». Revista Brasileira de História da Educação 20. doi: 10.4025/rbhe.v20.2020.e130

Fausto, Boris. 1994. História do Brasil. São Paulo: Edusp.

Foucault, Michel. 2018. La arqueología del saber. Buenos Aires: Siglo XXI Editores.

Klein, Herbert S. 1993. «A integração social e económica dos imigrantes portugueses no Brasil nos finais do século XIX e no século XX». Análise social 28, n.º 121: 235-65

Lesser, Jeffrey. 2015. «A criação das identidades euro-brasileiras». Em A invenção da brasilidade: identidade nacional, etnicidade e políticas de imigração, editado por Jeffrey Lesser e Patrícia Zimbres, 133-63. São Paulo: Editora Unesp.

Morettin, Eduardo Victorio. 2006. «O cinema e a Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil». Artcultura: Revista de História, Cultura e Arte 8, n.º 13: 189-201. Acesso em 20 de janeiro de 2023. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=8330967

Oliveira, Carla Mary S. 2009. «O Rio de Janeiro da Primeira República e a imigração portuguesa: panorama histórico». Revista do arquivo geral da cidade do Rio de Janeiro 3: 149-68.

Orlandi, Eni. 1995. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. Campinas: Ed. Unicamp.

Orlandi, Eni. 2014. Análisis del discurso: principios y procedimientos. Chile: LOM Ediciones.

Orlandi, Eni. 2017. Eu, tu, ele: discurso e real da história. Campinas: Pontes.

Pêcheux, Michel. 2010. «O papel da memória». Em Papel da memória, editado por Pierre Achard, Jean Davallon, Jean-Lous Durand, Michel Pêcheux e Eni Orlandi, 49-57. Campinas: Pontes.

Pêcheux, Michel. 2016. Las verdades evidentes. Lingüística, semántica, filosofía. Buenos Aires: Ediciones del CCC.

Porto-Gonçalves, Carlos Walter. 2011. «Abya Yala, el descubrimiento de América». Em Bicentenarios (otros), transiciones y resistencias, compilado por Norma Giarracca, 39-46. Buenos Aires: Una Ventana.

Ribeiro, Gladys Sabina. 1994. «Por que você veio encher o pandulho aqui? Os portugueses, o antilusitanismo e a exploração das moradias populares no Rio de Janeiro da República Velha (1889-1930)». Análise Social 24, n.º 127: 631-54. Acesso em 5 de julho de 2022. http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223377298U5pFR3uv5Ue93AR2.pdf

Rowland, Robert. 2001. «Manuéis e Joaquins: a cultura brasileira e os portugueses». Etnográfica 5, n.º 1: 157-72. doi: 10.4000/etnografica.2801

Sarmiento, Domingos Faustino. 1845. Facundo o Civilización y barbarie. Buenos Aires: Biblioteca del Congreso de la Nación, 2018.

Silva de Almeida, Adjovanes Thadeu. 2008. «Brasil e Portugal no sesquicentenário da independência brasileira (1972)». Anais do XIII Encontro de História Anpuh-Rio. Acesso em 27 de janeiro de 2023. http://www.encontro2008.rj.anpuh.org/resources/content/anais/1212244875_ARQUIVO_BRASILEPORTUGALNOSESQUICENTENARIODAINDEPENDENCIABRASILEIRA.pdf

Souza, Nilson Araújo de. 2022. «A Independência Incompleta e a construção da nação brasileira». Princípios 41, n.º 164: 9-45. doi: 10.4322/principios.2675-6609.2022.164.002

Tenório, Maurício. 1994. «Um Cuauhtémoc carioca: comemorando o Centenário da Independência do Brasil e a raça cósmica». Revista Estudos Históricos 7, n.º 14: 123-48. Acesso em 2 de fevereiro de 2023. https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1988/1127

Triches, Roberta Pedroso. 2007. «A labareda da discórdia: o antilusitanismo na imprensa carioca». Revista de Ciências Políticas, n.º 36: 1-15. Acesso em 10 de agosto de 2022. http://www.achegas.net/anteriores.html

Vasilachis de Gialdino, Irene. 2006. «La investigación cualitativa». Em Estrategias de investigación cualitativa, coordenado por Irene Vasilachis de Gialdino, 23-64. Barcelona: Editorial Gedisa.

Vicari, Paulo Renato e Carolina Fernandes da Silva. 2014. «Manifestações esportivas nas comemorações do Centenário da Independência do Brasil (1822-1922) no Rio Grande do Sul». Pensar a Prática 17, n.º 1: 485-502. Acesso em 16 de fevereiro de 2023. https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/217020

Vieira, Carlos Eduardo. 2021. «Independência, democracia e formação no discurso da Associação Brasileira de Educação: 1927-1945». História da Educação 25. doi: 10.1590/2236-3459/106131

Von Martius, Carlos Frederico. 1845. «Como se deve escrever a História do Brasil». Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro: 30-53, 1956. Acesso em 29 de agosto de 2022. http://brasilindependente.weebly.com/uploads/1/7/7/1/17711783/von_martius_como_se_deve_escrever_a_historia_do_brasil_1845.pdf

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Thalita Camargo Angelucci

Downloads

Não há dados estatísticos.