Resumo
O artigo trata da formação de uma linguagem fascista, ultradireitista ou nacional-populista, como um procedimento prévio fundamental para o estabelecimento das formas fascistas/ultradireitistas de dominação tanto nos casos dos fascismos históricos - aqueles que existiram entre os anos de 1920 e 1945 - quanto nos processos de ressurgência no tempo presente dos fascismos. Ao contrário dos reducionismos de tipo economicistas consideramos a linguagem como um fenômeno fundamental no processo de construção da dominação fascista, longe de se constituir em mera "cortina de fumaça". A linguagem fascista articula uma série de sintagmas e vocábulos que, por repetição e saturação, normalização o improvável, o inumano, o ilógico e o irracional, rebaixando o nível do debate politico e constit uindo-se em indispensável elo de união entre os indivíduos em processo de fascistização.
Referências
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Copyright (c) 2019 Francisco Carlos Teixeira Da Silva